ASINA E DIFUNDE: NON AO XUIZO CONTRA TRES MILITANTES COMUNISTAS

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

10º Encontro de Partidos Comunistas


PCdoB acerta detalhes do 10º Encontro de Partidos Comunistas

O secretário de Relações Internacionais do PCdoB, José Reinaldo Carvalho, embarca nesta terça-feira, 16, para Atenas, na Grécia, onde acontece a última reunião preparatória do 10º Encontro de Partidos Comunistas e Operários, marcado para os dias 21 a 23 de novembro, em São Paulo. O evento, que acontece pela primeira vez na América Latina, terá como anfitrião o Partido Comunista do Brasil.

Até o momento, estão confirmadas as presenças de 50 partidos. A expectativa é reunir todos os cerca de 70 que tradicionalmente compõem o encontro. O evento terá ainda um ato aberto à militância e ao público em geral, que servirá para estreitar o contato entre os partidos irmãos e os brasileiros.

Além de um comunicado que irá sintetizar os assuntos debatidos, o encontro deverá aprovar uma resolução específica sobre a conjuntura latino-americana, com ênfase especial no apoio à luta dos povos pela construção de governos populares, progressistas e antiimperialistas. Durante o encontro, os participantes também afirmarão seu apoio à Revolução Cubana. “O fato de o evento acontecer no Brasil, na América Latina, é, por si só, uma ocasião propícia a fazer um chamamento aos povos para lutarem pelo aprofundamento das conquistas democráticas e populares no continente”, diz José Reinaldo.

Política imperialista
O 10º Encontro de Partidos Comunistas e Operários acontece num momento peculiar da conjuntura internacional. “A humanidade atravessa uma fase complexa em que paga um preço muito elevado pelos oito anos do governo Bush”, explica José Reinaldo. Isso se traduz no quadro de “guerras preventivas contra o terrorismo” travadas pelos estadunidenses imediatamente após o 11 de Setembro. Povos inteiros – como os afegãos, os iraquianos, os palestinos e os libaneses – foram sacrificados em nome dessa política agressiva e belicista. “E os círculos dominantes do imperialismo não dão mostras de que pretendem abrir mão dessa política. Permanecem as ameaças contra, por exemplo, o Irã e a Venezuela. No Cáucaso, instrumentalizaram um regime títere, como o da Geórgia para assegurar os seus objetivos expansionistas nessa região”, ressalta o dirigente.

Com relação às eleições nos Estados Unidos, dia 4 de novembro, pouco antes da realização do encontro, José Reinaldo diz que certamente o tema permeará as discussões seja lá qual for o novo presidente eleito. Ele lembra que um dos sinais da continuidade da postura de Bush pode ser visto no discurso do republicano John McCain. Embora procure se diferenciar do atual presidente, colocando-se como um “independente”, McCain escancarou seus objetivos de manter a guerra no Iraque, de onde, segundo diz, somente sairá com a vitória.

Além disso, sua plataforma prevê a formação de uma chamada liga das nações democráticas visando combater o que chama de governos tiranos. “E ele alega que essa é uma forma de os EUA buscarem construir uma política multilateral. Os setores progressistas certamente irão rechaçar essa iniciativa que, na realidade, é a tentativa de recompor a aliança do imperialismo estadunidense com demais países imperialistas”, explica José Reinaldo.

No âmbito econômico, o mundo assiste ao aprofundamento da crise do sistema capitalista e à agudização dos desequilíbrios, que cobram um elevado preço aos povos de todo o mundo.

Continente rebelde
O atual cenário latino-americano também será objeto de discussão dos participantes desse 10º Encontro. No continente, observa-se o surgimento de uma nova etapa da luta democrática e popular caracterizada pela mobilização das massas em resistência ao neoliberalismo, reação que resultou em importantes vitórias políticas e eleitorais. “Partidos e movimentos revolucionários e progressistas chegaram ao governo central de seus países – como Venezuela, Bolívia, Paraguai, Equador – abrindo um espaço fundamental para a ação política transformadora”, enfatiza o dirigente.

Por outro lado, diz, “os recentes acontecimentos protagonizados pelas forças da direita associadas ao imperialismo contra os governos populares, especialmente os de Hugo Chávez e Evo Morales, e mesmo Equador e Brasil, mostram que a batalha não está ganha e o imperialismo tentará reverter essas conquistas a seu favor”.


Reconhecimento
Escolhido pela unanimidade dos partidos que estiveram no último encontro, realizado em Minsk, em novembro de 2007, para sediar o próximo encontro, o PCdoB vê a escolha como o reconhecimento pelo papel que vem desempenhando no diálogo internacionalista e na luta pela união dos partidos comunistas e operários e das forças antiimperialistas. “Somos um partido que trabalha em prol dessa unidade contra o imperialismo e as políticas de guerra e em defesa da paz, dos direitos dos trabalhadores, da soberania das nações e do socialismo”, ressalta.

Para José Reinaldo, esse reconhecimento deriva também da sua própria participação intensa, freqüente e construtiva nas edições anteriores. “O PCdoB contribuiu para o êxito desses encontros e tem sido um entusiasta difusor das idéias consensuais das discussões neles realizadas”.


De São Paulo,
Priscila Lobregatte